As mulheres por trás de capas icônicas da música

10/03/2025

Da Redação - Ruído Urbano News

Muito além do som, as capas de discos desempenham um papel essencial na identidade de álbuns que marcaram a história da música. E, entre os talentos por trás dessas artes visuais inesquecíveis, muitas mulheres tiveram um impacto significativo, ajudando a traduzir a essência de artistas e movimentos musicais em imagens que atravessam gerações.

De fotógrafas visionárias a designers inovadoras, essas profissionais deixaram sua marca em álbuns que se tornaram referência no rock, punk, hip-hop e outros gêneros. A seguir, conheça algumas dessas artistas visuais que moldaram o universo da música com suas criações, de acordo com o site TMDQA!

Annie Leibovitz

Referência mundial na fotografia, Annie Leibovitz foi responsável por algumas das imagens mais icônicas da cultura pop. Suas fotos deram vida a capas históricas, como Born in the U.S.A. e Tunnel of Love, de Bruce Springsteen, além de She's So Unusual e True Colors, de Cyndi Lauper. Em 1980, capturou John Lennon e Yoko Ono para a Rolling Stone, horas antes do assassinato do ex-Beatle, criando um dos retratos mais impactantes da música. Seu talento para contar histórias por meio das imagens ajudou a definir a identidade visual de diversos artistas.


Linda McCartney

Pioneira na fotografia musical, Linda McCartney fez história ao se tornar a primeira mulher a ter uma foto na capa da Rolling Stone, em 1968, com um retrato de Eric Clapton. Seu olhar intimista pode ser visto na capa do álbum McCartney (1970), além de registros memoráveis como a imagem de Neil Young no disco Sugar Mountain – Live at Canterbury House 1968 e a foto do single The Girl Is Mine, de Paul McCartney e Michael Jackson. Sua obra, que já foi exposta em mais de 50 galerias pelo mundo, também está eternizada no livro Linda McCartney's Sixties: Portrait of an Era.


Paula Scher

Um dos grandes nomes do design gráfico na música, Paula Scher fez história ao criar capas para centenas – possivelmente milhares – de discos, especialmente durante sua passagem pela CBS Records nos anos 70. Seu trabalho inclui artes icônicas como Hard Rain (1976), de Bob Dylan, Boston (1976), da banda Boston, e Cheap Trick (1977), do Cheap Trick. Scher revolucionou o design com o uso criativo de tipografia e composições inovadoras, consolidando seu nome como uma das principais designers gráficas do meio musical.


Autumn de Wilde

Com um olhar cinematográfico e melancólico, Autumn de Wilde se tornou uma das fotógrafas mais influentes da cena alternativa. Suas imagens marcaram capas como Sea Change (2002) e Morning Phase (2014), de Beck, Figure 8 (2000), de Elliott Smith, e Icky Thump (2007), do The White Stripes. Ela também contribuiu para a identidade visual do Florence + the Machine, misturando fotografia artística com um forte storytelling visual.


Janette Beckman

Com um estilo direto e documental, Janette Beckman capturou momentos marcantes tanto do punk quanto do hip-hop. No final dos anos 70, registrou o The Police em fotos que ilustraram discos como Outlandos d'Amour e Zenyatta Mondatta. Nos anos 80, sua lente acompanhou o crescimento do hip-hop, imortalizando artistas como Salt-N-Pepa e EPMD, ajudando a definir a estética visual do gênero.

Essas mulheres transformaram a fotografia e o design gráfico na música, criando capas que permanecem como símbolos de suas épocas e continuam a inspirar novas gerações.