"Mundo Afro": A batida dos blocos afro e afoxés de Salvador reunida em um álbum poderoso

Da Redação - Ruído Urbano News

Se tem uma coisa que Salvador sabe fazer bem, é transformar percussão em história! A antologia Mundo Afro chega para exaltar a força dos blocos afro e dos grupos de afoxé da Bahia, trazendo 21 gravações inéditas de gigantes como Cortejo Afro, Didá, Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Malê Debalê, Muzenza e Olodum.

Com produção do mestre Alê Siqueira, esse disco não é só um álbum: é um verdadeiro manifesto sonoro da ancestralidade afro-brasileira. Cada bloco e grupo tem sua pegada única, seu jeito especial de fazer a batida ecoar, mas todos se conectam às raízes africanas que moldaram a musicalidade baiana.

Gravado em novembro de 2024 na sede do Malê Debalê, Mundo Afro mergulha na história desses grupos icônicos. O Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil (nascido em 1º de novembro de 1974), e os Filhos de Gandhy, o grupo de afoxé mais antigo do país (fundado em 18 de fevereiro de 1949), são alguns dos nomes que marcam presença no projeto.

Lançado nos streamings no último dia 18 de fevereiro – data que celebra os 76 anos dos Filhos de Gandhy – o álbum também ganhará uma edição em LP duplo em maio. E para quem quer entender melhor a riqueza desse universo percussivo, Alê Siqueira explica: "Cada bloco tem sua própria linguagem, seus toques e convenções, criando uma identidade única, mas sempre ligadas às tradições africanas."

E a diversidade rítmica está toda aqui: o Filhos de Gandhy traz a suavidade do ijexá, enquanto o Olodum mete ficha nos ritmos afro-caribenhos e no samba-reggae. Já o Muzenza, inspirado no reggae e na cultura rastafári, carrega uma batida cheia de identidade.

Em resumo? Mundo Afro não é só um disco, é um documento vivo da cultura afro-baiana. Se liga nessa batida!