Vem aí a cinebiografia de Sister Rosetta Tharpe — e Lizzo vai protagonizar

26/03/2025

Da Redação - Ruído Urbano News

A história de Sister Rosetta Tharpe, que deixou sua marca como uma das grandes influências do rock and roll, vai ganhar as telas em breve. Segundo informações do site Deadline, a Amazon MGM Studios está por trás da produção do filme, que vai se chamar Rosetta e já está em desenvolvimento.

Quem vai encarnar a lenda nas telonas é ninguém menos que Lizzo. A cantora — conhecida por hits como Truth Hurts, About Damn Time, Juice e Good as Hell — também vai atuar como produtora do longa, dividindo essa função com Kevin Beisler, Nina Yang Bongiovi e Forest Whitaker. O roteiro ficará nas mãos de Natalie Chaidez (A Comissária de Bordo) e Kwynn Perry (The Burned Photo).

Aos 36 anos, Lizzo tem se destacado não só na música como também na atuação. Ela já coleciona quatro Grammys (de um total de 13 indicações) e levou um Emmy pelo reality Lizzo Procura por Mulheres Grandes. No cinema, sua estreia foi em As Golpistas (2019), onde interpretou a personagem Liz.

Curiosamente, assim como Tharpe, Lizzo também toca guitarra — e voltou a exibir o instrumento nos shows recentes deste mês, durante a performance de Love in Real Life.

Quem foi Sister Rosetta Tharpe?

Nascida em 1915 no Arkansas (EUA), Sister Rosetta Tharpe começou cedo na música: aos quatro anos já dedilhava a guitarra e, com sete, se apresentava no sul do país. Mas foi em Chicago que sua carreira começou a ganhar força. Misturando blues, jazz e gospel, com uma pegada energética e riffs marcantes, ela criou um estilo próprio que muitos consideram o embrião do rock and roll.

Pioneira no uso da distorção na guitarra, Tharpe já fazia "barulho" bem antes do blues elétrico virar moda. Sua influência é reconhecida por gigantes como Elvis Presley, Johnny Cash, Jerry Lee Lewis, Little Richard e Keith Richards. Chuck Berry chegou a afirmar que sua carreira foi basicamente uma homenagem a Tharpe.

Apesar disso, o reconhecimento oficial só veio muito tempo depois de sua morte. Ela faleceu em 1973, aos 58 anos, após um derrame provocado por complicações da diabetes. Foi incluída no Blues Hall of Fame apenas em 2007 e no Rock and Roll Hall of Fame em 2018 — um reflexo do esforço de historiadores e músicos em manter sua memória viva.

E, como ela mesma disse certa vez sobre o rock:

"Oh, essas crianças e o rock and roll — aquilo é só rhythm and blues tocado mais rápido. Tenho feito isso desde sempre."

O filme ainda não tem data de estreia, mas promete resgatar momentos marcantes da trajetória dessa mulher que ajudou a moldar a história do som pesado que move gerações até hoje.